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sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Primeiras redes 4G entrarão em operação no Brasil até 2013. Copa e Olimpíada aceleram projeto


As primeiras redes de quarta geração de telefonia celular (4G) baseadas no padrão Long
Term Evolution (LTE) precisam entrar em operação no Brasil até 2013. A necessidade de as
operadoras terem de investir na nova tecnologia para lançar esse serviço dentro de
aproximadamente três anos é para atender ao cronograma da Copa do Mundo que será
sediada no País em 2014. O megaevento de futebol e a Olimpíada de 2016 atrairão
visitantes de diversas partes do planeta, ávidos por acessar grandes volumes de dados,
que exigirão banda larga móvel com velocidade superior ao permitido na 3G.
Para que as operadoras comecem a projetar a evolução das redes atuais para 4G com
antecedência, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) planeja antecipar a
licitação das licenças para prestação do novo serviço. A conselheira da Anatel, Emília
Ribeiro, afirma que a expectativa do órgão regulador é realizar o leilão em 2011 para que as
redes entrem em funcionamento pelo menos um ano antes d0 mundial.
“O objetivo é viabilizar a oferta dos serviços de 4G antes da Copa do Mundo”, informa
Emília Ribeiro, lembrando que, inicialmente, a previsão era de que o leilão só ocorresse em fevereiro de 2012. O
edital sobre a licitação deverá estar pronto até novembro e, segundo a conselheira, poderá entrar em consulta
pública ainda em 2010. Ela afirma que a agência quer acelerar o processo a fim de que o pregão para vendas das
faixas de frequência de 2,5 MHz seja lançado no primeiro semestre do próximo ano.
A faixa de 2,5 MHz é considerada a mais indicada para 4G baseada em LTE, novo padrão que será adotado pelas
operadoras de celular na evolução das redes 3G para aumentar a capacidade de transmissão de dados. A nova
tecnologia permite ofertar banda larga com velocidades acima de 200 Mbps. Bem superior, portanto, aos 14,4 Mbps
permitidos pelos serviços de High Speed Downlink Packet Access (HSDPA).
Os serviços 4G podem ser prestados com outras tecnologias como o WiMax, mas o padrão que vem ganhando maior
adesão por parte das prestadoras de serviços de celular é o LTE. De acordo com a 4G Americas, até agosto de 2010,
mais de 125 operadoras testaram projetos com essa plataforma em cerca de 50 países dos cinco continentes.
Entre essas empresas, quatro delas lançaram serviços comerciais: a TeliaSonera (Suécia/Finlândia), a Ucell
(Usbequistão), a MTS (Usbequistão) e a MetroPC (Estados Unidos). Verizon Wireless e AT&T, ambas dos Estados
Unidos, estimam lançar LTE comercial até o final de 2010. Outras 85 empresas planejam pilotos, e o número de redes
comerciais deverá passar de 200 nos próximos anos, informa a associação.
De acordo com o diretor para América Latina e Caribe da 4G Americas, Erasmo Rojas, a decisão de o Brasil antecipar o
leilão das frequências para 4G traz vantagens por poder começar os projetos de LTE com outros mercados. É uma
situação diferente da 3G, quando o País demorou mais em comparação com a Europa a sair do mundo analógico para o
digital.
Ao avaliar o potencial do mercado brasileiro para 4G, Rojas acha que as quatro operadoras móveis (Vivo/Telefônica, TIM,
Claro e Oi) vão investir em licenças de 2,5 MHz para melhorar o tráfego da banda larga móvel e ampliar a receita com
aplicações de dados. Ele destaca que a nova infraestrutura, por ser 100% IP, possibilitará uma série de serviços para os
mercados corporativo e doméstico, como conexões de carros com o escritório e residências. Os novos serviços
prometem ofertas de machine to machine, ou seja, automação de sistemas que vão conversar entre si.
Será possível também fazer monitoramento de segurança pelo celular, algo que as redes 3G não permitem pela
limitação para transmissão de dados de vídeo em tempo real sem delay. Mesmo com essas vantagens, Rojas afirma
que os projetos de 4G serão pontuais e vão cobrir apenas grandes cidades e praças que têm potencial para compra das
aplicações.
Para a estreia dos serviços na Copa do Mundo, os locais que devem ser considerados prioritários pelas operadoras
para cobertura de 4G são as 11 cidades que serão sede dos jogos (Belo Horizonte, Brasília, Cuiabá, Curitiba, Manaus,
Natal, Porto Alegre, Recife, Salvador e São Paulo), os aeroportos e regiões próximas dos estádios.
As novas redes permitem aproveitar alguns dispositivos da infraestrutura existente, mas exigem investimentos para a
construção de uma rede nova. O presidente da consultoria Teleco, Eduardo Tude, lembra que as operadoras ainda estão
colocando dinheiro na ampliação das redes 3G, que estão quase ultrapassando a banda larga fixa, mas ainda não
cobrem o Brasil. Entretanto, ele acha que as primeiras que vão aderir ao 4G são as operadoras em condições mais
favoráveis para compra de novas tecnologias, como é o caso da Claro e da Vivo. Esta última passou para as mãos da
Telefônica, que demonstrou ter dinheiro em caixa e apetite para reforçar sua operação no Brasil. A empresa espanhola
fez um teste de LTE com seis fornecedores: Alcatel-Lucent, Ericsson, Nokia Siemens, NEC, Huawei e ZTE. Cada
companhia montou uma rede 4G e o piloto abrangeu outros países fora da Europa, estendendo-se também para a
América Latina, com avaliação da tecnologia no Brasil e na Argentina.
A dúvida de Tude é se TIM e Oi terão músculos para comprar novas licenças. Ele avalia a situação da Oi, que fechou o
cofre depois do desembolso que fez para adquirir a Brasil Telecom. “O que se espera é que, com a entrada da Portugal
Telecom em seu controle, a operadora invista no mesmo nível das demais”, afirma o consultor.


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